Caos Logístico no Brasil: Importações e Exportações em Risco de Paralisação

October 2, 2024

Problemas na cadeia logística brasileira: preços de contêineres sete vezes maiores e seca na Amazônia afetam setores da economia, comércio exterior e aumentam o custo de frete.


No ano de 2024, os setores da economia brasileira que atuam nas áreas de importação e exportação têm enfrentado desafios logísticos significativos. A escassez de contêineres e navios de transporte no mercado internacional tem gerado um aumento no custo de frete internacional, o que afeta diretamente a eficiência da logística de entrada e saída de produtos do país.


Além disso, a distribuição de produtos também é afetada pela falta de infraestrutura adequada, o que pode levar a atrasos e aumento nos custos de transporte. Isso pode ter um impacto negativo na economia brasileira, especialmente no setor comercial, que depende da eficiência da cadeia de suprimentos para manter a competitividade no mercado internacional. A busca por soluções inovadoras e eficientes é fundamental para superar esses desafios e garantir o crescimento econômico sustentável do país.


Desafios Logísticos no Brasil

O setor logístico brasileiro enfrenta desafios significativos, especialmente em relação ao transporte e distribuição de mercadorias. O custo do frete para a rota China-Brasil, por exemplo, atingiu US$ 8,5 mil a US$ 9 mil nos portos do Sudeste em setembro, um aumento expressivo em relação ao valor médio de US$ 1.200 por contêiner de 40 pés em todo o território nacional até março deste ano. Em Manaus, o custo chegou a US$ 14 mil, com uma ‘taxa da seca’ de US$ 5 mil, cobrada pelas empresas de transporte marítimo de longa distância para compensar a utilização limitada de contêineres devido aos baixos níveis de água em certos portos ou rios.


A seca na Amazônia, que começou dois meses antes do previsto, desorganizou a cadeia logística em todo o país, afetando setores de importação e exportação de insumos, eletroeletrônicos, químicos e grãos. O custo elevado de frete prejudicou a importação de insumos de baixo valor agregado para indústrias da Zona Franca de Manaus. ‘Importadores de polímeros se viram afetados de tal forma que pararam de importar essa resina da China e de outros países asiáticos por conta do aumento expressivo nos custos de frete’, afirma Frederico Fernandes, especialista em petroquímica da consultoria Argus.


Impacto no Comércio Exterior

Os custos estão se acumulando em toda a cadeia de comércio exterior. O gargalo logístico nos principais portos brasileiros causa um prejuízo anual de R$ 21 bilhões, segundo estimativa do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave). Especialistas que atuam no setor de logística advertem que o preço do frete internacional tende a seguir elevado nos próximos meses. E sem a modernização dos portos nacionais, o Brasil perderá divisas. Entre julho de 2023 e junho de 2024, os produtos do agronegócio representaram 48,6% de todas as exportações brasileiras.


A seca na Amazônia vem causando estragos severos no setor. Um terço das exportações brasileiras de soja e 42,5% dos embarques totais de milho no ano passado fizeram escoamento pelos portos do Arco Norte, como o de Itacoatiara (AM) e Barcarena (PA). O Rio Madeira paralisou o transporte de grãos, inviabilizando a rota por hidrovias desde Mato Grosso. O pico de exportação ocorre entre março e agosto e as safras deste ano de milho, soja e farelo foram menores do que o recorde do ano passado.


Desafios nos Portos

O Porto de Santos enfrenta desafios críticos de infraestrutura, com índices de capacidade de operação acima dos limites ideais. A fila para conseguir agendar a retirada ou devolução de um contêiner em Santos é crítica, pois há navios que esperam até 20 dias para conseguir atracar. ‘Para quem exporta commodities de baixo valor agregado, o preço de frete elevado e a espera representam um grande prejuízo’, diz Jackson Campos, diretor da AGL Cargo e especialista em comércio exterior. O Porto de Santos entrou na mira dos exportadores de café, com 110 embarcações com produto para exportação tendo de alterar a agenda em agosto deste ano por conta de atrasos e filas em Santos.


Fonte: @ NEO FEED

https://neofeed.com.br/economia/um-novo-caos-logistico-no-brasil-se-aproxima-e-ja-trava-importacoes-e-exportacoes/


Foto: Custo do frete para a rota China-Brasil está entre US$ 8,5 mil e US$ 9 mil nos portos do Sudeste - Todos os direitos: @ NEO FEED

Por ffreitas 22 de outubro de 2025
A Antecipação de recebiveis pode ajudar nos resultados financeiros das empresas exportadoras da região Metropolitana de Campinas e Interior Paulista Convidamos as empresas exportadoras da RMC e do Interior Paulista, estão para o webinar privado dia 30/10 às 12am, via Google Meet, sobre a Antecipação de Recebíveis para o setor Exportador - inscreva-se através do link: https://www.youtube.com/shorts/_oZgygMa4GQ 
Por ffreitas 16 de outubro de 2025
Exportar nunca foi — e dificilmente será — uma tarefa simples para micro e pequenas empresas. Além dos desafios logísticos, regulatórios e operacionais, há um componente silencioso que sempre corroeu margens e competitividade: a tributação incidente ao longo da cadeia produtiva. Essa distorção histórica começa a ser corrigida com a liberação do novo sistema do Programa Acredita Exportação. A partir de agora, pequenos exportadores — inclusive os optantes pelo Simples Nacional — poderão solicitar a devolução de parte dos tributos federais pagos na cadeia de produção dos bens destinados ao exterior, por meio do PER/DCOMP atualizado. Mais do que um benefício fiscal, trata-se de uma medida de ajuste estrutural que aproxima o tratamento tributário desses empreendimentos do princípio constitucional da não incidência sobre exportações — já consolidado para médias e grandes empresas, mas até então inacessível a quem mais sente os efeitos da complexidade tributária. Por que essa medida importa Equilíbrio competitivo: a devolução de aproximadamente 3% do valor exportado reduz o gap tributário entre empresas de diferentes portes e abre espaço real para que pequenas exportadoras ganhem escala e protagonismo no mercado internacional. Simplificação e acesso: a utilização de um sistema já familiar para profissionais contábeis e fiscais (PER/DCOMP) facilita a adesão e amplia a segurança operacional do processo de compensação. Transição inteligente: a política antecipa, de forma prática e controlada, os efeitos esperados da Reforma Tributária de 2025 no tocante à desoneração das exportações. Capilarização do comércio exterior: com mais de 11 mil pequenas empresas exportadoras ativas em 2024 — quase 40% da base exportadora nacional — o impacto potencial é expressivo no PIB exportador e na diversificação de destinos e produtos. Oportunidades e atenção técnica A recuperação de tributos via PER/DCOMP exige governança fiscal e documental robusta. Embora a transmissão da declaração extinga o débito tributário de imediato, a Receita Federal do Brasil dispõe de até cinco anos para análise e eventual glosa de valores, caso os requisitos legais não sejam atendidos. Esse detalhe, muitas vezes subestimado, reforça a importância de planejamento tributário, rastreabilidade operacional e consistência contábil — pilares essenciais para transformar benefícios fiscais em vantagens competitivas sustentáveis. Mais do que incentivo: estratégia de posicionamento Para o exportador, não se trata apenas de recuperar créditos. Trata-se de inserir inteligência fiscal na estratégia de internacionalização: alinhar custos, margens e precificação global considerando mecanismos de desoneração e compensação tributária. Essa virada de chave pode ser a diferença entre estar no mercado e competir de forma estratégica e escalável no comércio exterior. O Acredita Exportação representa, portanto, um marco de democratização do acesso a políticas de estímulo à exportação, recolocando micro e pequenas empresas no centro da pauta de expansão da base exportadora brasileira — não como coadjuvantes, mas como protagonistas. Daniel Augusto Gonçalves Pereira Advogado | Especialista em Classificação Fiscal de Mercadorias, Ex-tarifário e Catálogo de Produtos (NPI/DUIMP) Head de Comércio Exterior – Grupo Assist Diretor Adjunto de Comex – CCCER Campinas-SP 1º Secretário da Comissão de Direito Aduaneiro – OAB 3ª Subseção de Campinas-SP 
Por ffreitas 18 de setembro de 2025
A Comissão de Estudos e Fomento ao Comércio Exterior e Logística, presidida pelo vereador Dr. Yanko, no Legislativo municipal. em parceria com a CCCER-SPI – Câmara de Comércio Exterior de Campinas e Região, presidida pelo empresário Márcio Barbado, promoveram no plenário da Câmara Municipal de Campinas uma importante palestra com o tema: “Os impactos da Reforma Tributária no Comércio Exterior” O evento contou com exposições enriquecedoras dos especialistas Manfred Preti, Allan Murça, Cláudio Barbosa e Daniel Pereira, que trouxeram análises profundas sobre os desafios e oportunidades que a nova estrutura tributária poderá trazer para as empresas e para a competitividade do Brasil no cenário internacional. A palestra reuniu autoridades, Ex Secretário de Relações Internacionais de Campinas Sinval Dorigon, Secretário de desenvolvimento econômico de Valinhos, Erwin Franiek, representante da cidade de Jaguariuna, João Rodrigues Almeida, Tom Proencio, ex-vereador de Jaguariuna, Dr Rodrigo Cirilo, Dr Fábio Barbosa, empresários e lideranças da região, diretores da Câmara de Comércio e vários agentes econômicos, consolidando Campinas como referência no debate sobre desenvolvimento econômico e comércio internacional. Diálogo, conhecimento e integração são fundamentais para preparar nossa cidade e o país para um futuro mais competitivo e justo. Diretores da CCCER presentes Luciano Caciato, Paulo Peres, Luiz Guimarães e Duncan Chaloba